17.2.03

Martírio na Vila

Sentado no banquinho final de noite
barulho da rua, carros, pedestres ambulantes.
Eu só com meus pensamentos. Não, não quero pensar
criar poder para um ato um selo derradeiro
feito de vãs poesiase desejos simples desejos.
É fim de noite quase dia
Uma hora a mais uma a menos quem se importa
se eu não me importuno comigo
e você longe nem lembra que eu sinto.
Sentado quase chorando amargo
dando o último trago
trago esse último pensamento solapado
com cortes profundos mal cicatrizados
uns ainda sangrando, outro causando martírio
mas todos dentro de mim procurando poesia.

Tiago Carneiro 15/02/2003

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