3.10.06

Algum dia algo novo né ?


Falando com o Saulo hoje sobre as coisas pequenas que atrapalham a cabeça, são só coisas pequenas que deixamos espalhadas na cabeça a invés de empilharmos perto da porta da consciência para irem embora mais rápido. Questão de organização. Questão de me dar tempo para produzir.

Se fazer

Algum dia algo novo né ?



Criar ranhuras nas fibras lisas do lápis

Endireitar quadros dentro das molduras tortas

Amançar o louco que há dentro da gente

Esmiuçar o palheiro onde até ontém não havia agulha

Mostrar a alma, tirar o sangue do peito, arrancar a folha da brochura.


Tiago Felipe Viegas Carneiro 03/10/2006

23.8.06

Início de Idéia

Algum dia algo novo né ?


Inesperado
Precoce
Me aconteceu
um laço forte
entre você e eu.

Vem caminho, vai no ninho
quando cresce desapareceu
Se o mundo é dele ?
É ele, é dele, meu e teu.

Vem mas não fica sozinho
aparece de repente
e no espaço crescente
descobre-se que ele é do tamanho
do espaço que conquista
e haja coração
porque aqui de emoção cabe um mar.

Tiago Felipe VIegas Carneiro 22/08/2006

Pra Tati

Algum dia algo novo né ?

Esse teu caminhar pesado
tão chão tão leve
sobre a água.
Sutil, agora, fim e início
relembro simetria
nossos corpo preguiçosos de dia
(o maior trabalho é despertar sem medo)
(o maior bem, é pular o primeiro obstáculo contigo).

Esse caminho intuitivo
intuitivo e pensado
vai despesando até os dois
ficarem os dois tensos como
água e terra no mar em profunda harmonia

"Se alimenta em mim
que dou a ti o que
revolvemos em volta."


Tiago Felipe Viegas Carneiro 22/08/2006

9.6.06

Medo

Tenho medo.
Tenho razão.
Tenho medo de ter razão para não escrever
Tenho medo da razão de escrever
Tenho medo de escrever sem razão
e não devanear, rolar de um mundo
para outro e me descompensar.
Tenho medo.Ser e não admitir ser.
Receber e não saber trocar.
Repudiar e não repensar.
Medo e não saber raciocinar só paixonar.
Medo controle
medo saber ganhar sem maltratar,
amar sem querer e perdoar.
Apenas não ter medo.

Tiago Felipe Viegas Carneiro.

24.5.06

Diálogo

Algum dia algo novo né ?

das palavras feitas pra sangrar
do mundo feito pra magoar
do quadrado feito pra ficar no lugar
do deserto feito pra rasgar a boca
eu fiz você minha água
me fiz pra vc cor de alegrar o mundo
sonho ? sonho vai.
vc me basta.

Para Tati 24/05/2006

Diálogo

Algum dia algo novo né ?

das palavras feitas pra sangrar
do mundo feito pra magoar
do quadrado feito pra ficar no lugar
do deserto feito pra rasgar a boca
eu fiz você minha água
me fiz pra vc cor de alegrar o mundo
sonho ? sonho vai.
vc me basta.
Algum dia algo novo né ?

das palavras feitas pra sangrar
do mundo feito pra magoar
do quadrado feito pra ficar no lugar
do deserto feito pra rasgar a boca
eu fiz você minha água
me fiz pra vc cor de alegrar o mundo
sonho ? sonho vai.
vc me basta.
Algum dia algo novo né ?
É isso que eu quero.


Voz velha.
Roupa nova.
Veio esfarrapa a primeira palavra.
A segunda nem veio. Já sabia que estava errada.
Não só ela com a atitude e a palavra.
E olha que nesse mundo nem se busca mais amor.
Prazer tb afoga as mágoas.
Mas tb cria outros caminhos.
Quem sabe se desvenda o vale
e depois se recria com um sorriso na feliz
no desejo certo.

Folha Seca

Problema não é mais sentir.
É sentir e se amargar.
É ressentir e não mais criar.
Pois a gente se recria o dia inteiro.
E o amargo desvia o caminho certo
o que é doce morre ali na encruzilhada
do caminho não escorre livre.
Seiva e semente são assim :
- Não é pé,vira só folha e morre.
E morre seca se não se tocar logo.

Roupa suja

Nada se acostuma.
As coisas podem até se perder
no vácuo inócuo da seleção.
Falta memória.
Falta reação no tempo certo.
Falta palavra certa pra usar.
Falta saber da própria boca a necessidade.
Pois passado mesmo sujo pode ser limpo
se momentos depois.
Nada é horas depois.Hora é conceito de agora.
Na hora pensa.
Na hora memória.
Na hora reação no tempo certo.
Na hora palavra, hora certa de usar.
Em contato consigo na hora, toda hora
hora certa de se saber.
As vezes pode ser sujo, mas estando passado está limpo.

Mágoa

Palavra da boca pra fora acerta.
Sentença errada mata,tira chance de consertar.
Pedra de Drummond corre então
o risco de diamantizar em si internamente.
Não se repara, a beleza fica rara.
Tudo começa a se tornar escasso
Tempo acabado
Olhar acabado
Mãos acabado
Rosto acabado
Sonho acabado
Ponto acabado.

26.4.06

Vai

Vai
e saio caminhando
termino roto
e a rota e a rota
a boca áspera
não há mundo viajável
minha consciência é pequena
perante um padrão de podridão atual
Vou
e saio feliz
mas triste por ter resmungado
Ora mundo feliz... Nem todo mundo pensa assim
não sou figura furta mundo
que todos presentes
quero vida
não : Sim senhor!
Eu só poderia fazer isso.
O Ser É HUMANO e erra
fica errático
é o caminho no mundo de milhões de realidades.
Cria crua a figura que não precisa dele ( de nós ? )
Mundo. Minha ira e amor começam na palavra de criar
uma(-a) vida e tentar que um novo sangue veja mais que eu.

Tiago Felipe Viegas Carneiro 26/04/2006

Vai

Vai
e saio caminhando
termino roto
e a rota e a rota
a boca áspera
não há mundo viajável
minha consciência é pequena
perante um padrão de podridão atual
Vou
e saio feliz
mas triste por ter resmungado
Ora mundo feliz... Nem todo mundo pensa assim
não sou figura furta mundo
que todos presentes
quero vida
não : Sim senhor!
Eu só poderia fazer isso.
O Ser É HUMANO e erra
fica errático
é o caminho no mundo de milhões de realidades.
Cria crua a figura que não precisa dele ( de nós ? )
Mundo. Minha ira e amor começam na palavra de criar
uma(-a) vida e tentar que um novo sangue veja mais que eu.

Tiago Felipe Viegas Carneiro 26/04/2006

Não há paragens

Não há paragens
Não há sossego
Meu rumo foi a lugar quisto
Se embrenhar na mata foi o muito que
que quero agora
fora conquistar o mundo.