30.10.08

E nem sabia do
E nem sabia do outro
E nem sabia do outro dia
E nem sabia que o outro dia trarai você
Deixei minhas coisas, mas o meu passado eu não apaguei
quem eu fui e o que pesou, eu não sabia
Atrás da minha máscara eu realmente não sabia
Eu sempre divgava e não sabia.
Foi lua, foi mundo foi arte foi vida foi balada
foi a balde de arca de mariposa de suicida
foi alone foi sozinho foi de rosca foi de tudo
nunca foi de final graças a Deus nunca um de ende.
E nem sabia de nada
Foi tudo uma enrolação, isso eu sempre soube
Foi cargo, foi encargo foi profissional foi ostra
foi engraçado foi luto foi tédio foi acabao foi refeito
foi feto foi feito como Deus mandou
E da desordem da bagunça do jagunço que expulsou
da manta que cobia que cobriu o outro que desfez a rigidez quase cadavérica
do corpo do sentido torto do peito nú do homem só da luz da penumbra
foi o olho que quis enxegar foi do que não enxeguei foi do que caguei
foi da ostra que não sai foi do motel foi da ida ao Vae-Vae
foi de cair o queixo foi de nó na gota foi de cair a garoa
foi amor
foi de dor foi de foder foi de amargor foi de traduzir
foi de seduzir e depois desistir e não me expressar mais
foi de dar dó ao dio mio foi é pra criar e castigar
foi pra efeito e mudança e desatinar
E nem sabia
E nem sabia que era dia que era aquela
E nem sabia que era dia que era aquela noite
E nem sabia que era dai que era aquela ela de quem gostaria
E nem sabia que a vida mudaria e foi só foi solo foi selo pois
pus a minha mão cravei um selo um elo um cravo revolucionei
esbravejei esperniei trouxeo verbo da vida matei o verbo da morte
trouxe o ódio e a solidão tardei a inveja e perdição
tratei o ódio no fundo do porão foi foda foi confissão
não perdi dia nem perdi noite foi tudo alegria
eu selei o destino e acendi vela ascendi caminho e perdi a viela
vi ela mas longe então sem alegria não vi nada
não sabia
E nem varia o dia
E nem tem "potância"
e nem tem potência
não tem semântica
pois tem nada depois tem é pé na vida tem arrogância soberba
sópalavra sólevada sóintolerância só só com pó ou sem pó não tem certo
nem errado tem palavra e pra lá viado
E nem sabia que a palavra amiga morreria
E o outro de dia depois de acertar não nascia
Não era nada pra que ver nada pra quê haver nada
não floria depois que você não me desejou bom dia
foi sono foi desapego foi estar longe da hora do ia
E eu
E eu
E eu
E eu
E eu
E eu
E eu que se deixe pra lá o eu Eu nem tava ali eu nem sabia
eu nem vi nada e qualquer luz era luz e cada luz que se apagava eu perdia
E foi só ver a tua face
Era só ver qe era real
que Eu era normal
Que eu não era mal
Eu eu era idiossincrasia
não era pior nem melhor
era um lado obscuro de valia
foi não pensar foi não olhar
eu só fui e não sabia
até então...

Tiago Felipe Viegas Carneiro
31/10/2008
00:01 horário de verão