26.3.03

Várias situações. Depois eu conto essa semana está muito complicada. Aniversário da Juliana, Ana Carla e Fabinho. PARABÉNS A TODOS.

20.3.03

Pensando enquanto fumava um cigarro. Qual a razão de tudo no campo amoroso da minha vida é pesado, dramático, demora a se acabar. Penso na situação que me envolvi com a ex-namorada, um negócio que nunca tinha fim, se arrastava até terminar como terminou. Tenho que ser mais leve com o amor. Talvez isso me traga um pouco mais de paz.
Ana nem me ligou, nem me procurou, nem, nem nada. São quarenta e oito horas sem ela. Dói. Mas passa. Será ?
Acho meio deselegante quantificar o amor de qualquer maneira, podemos no máximo, bem próximo ao limite, dizer te amo e olhe lá para não nos enganarmos. Outro dia ouvi que se poderia quardar em um banco, nem por baco nem em bando...

19.3.03

Esses a que aparecem são erros que aconteceram no blogger me desculpem.
De madrugada ao deitar na cama me abracei ao travesseiro, passei a mão envolta dele, mas não era ela, o corpo, o cheiro, a pele lisa, a respiração era só minha, o cheiro se confundia nas narinas, nunca pensei que tinha uma memória olfativa tão aguçada assim. Aliás eu sempre tive mas o cheiro e a memória trabalhando juntas só para maltratar a minha cabeça foi o ponto fulminante das causas as quais me fazem perder a esperança e readquiri-la em outro momento Hoje pensei que ela me ligaria, ou me ligará entre essa semana e a outra, contudo um lado meu não me permite tê-la e faz com que eu desista e me tranque a ela. Seria uma maneira de segurar a ansiedade, de fantasiar a dor, torná-la algo menor porém de grande impacto, quer dizer tempestade em copo d´água inversa e ao mesmo tempo descobri-la cada vez maior e inconseqüente com eu não levando a sério. Coisa de louco ou de pessoa que só agora começa entender suas incongruências e perversidades para consigo mesmo







Ela não respondeu nenhuma palavra sobre as poesias que lhe escrevi. Hoje não verei na hora do lanche, não conversarei com ninguém virá então sensação de solidão profunda pois fora o Márcio, camarada, não converso com mais ninguém aqui no trabalho . Sé de pensar fica no peito a dificuldade de respirar fundo. Vamos deixar disso e colocar a vida em ordem. Como bom filho de economista farei meu fluxo de caixa, previsão de dinheiro para o mês que vem e as férias. Depois eu volto quando a deprê apertar. Em casa eu tinha como me esconder disso vendo televisão aqui não há como, talvez por isso eu veja televisão por não ter como enfrentar essa situação.
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Pensei em várias coisas para escrever hoje mas não consigo me lembrar de nenhuma. Tentei falar com ela mas tive a nítida impressa ( nítida impressão é boa heim, isso é o que eu chamo de insegurança) de que ela não poderia falar comigo por estar no primeiro dia de trabalho, mas mesmo assim liguei no celeular chamou umas quatro vezes e eu desliguei, não queria atrapalhar.
Pensei em várias coisas para fazer para sair da atual fossa, a primeira é me concentrar em mim, me organizar a fim de não sentir a falta e preencher a vida enquanto a dor passa e a outra é me dedicar a uma mudança radical na aparência, como tirar a barba cortar o cabelo, passar a zero e tirar da vida tudo que me lembre ela. Teria que tirar a vida então, pois não aguentaria me olhar no espelho e pensar que meu corpo já esteve naquelas mãos, colado junto àquela pele e minha boca buscando um beijo. Ana.

18.3.03

Essa coisa esse medo de perder, essa sensação da perda será que isso sempre vai me acompanhar ? Não consigo digerir isso muito bem, muito menos essa sensação de vazio. As vezes a cabeça não pensa nela mas o coração, a pele, o cheiro, me envolvem novamente novamente.
Engraçado como o destino se denuncia, sempre ensaiamos o fim e nunca conseguimos, mas esse aperto no peito é mais grave e forte que os outros e não tenho nem a certeza de vê-la num futuro próximo, muito menos num distante. Talvez isso nos faça ter consciência do mal que havia em manter essa relação na qual ela se dividia e eu ficava com ela bem menos que isso... não éramos um casal comum, não podíamos nos beijar no metro, passear de mão dada, só tinhamos momentos de carinho e intimidade na casa dela ou na minha o que deixava o mundo restrito e sem falar no ambiente de trabalho que quando não estressa retalha.
Impossível não sentir a falta dela, nesse começo impossível não sofrer, não sentir fechar a garganta, embargar a voz, uma vontade nata de chorar copiosamente e pensar comigo como se dizendo para ela : - Te perdi. Essa sensação de perder algo que não era bem conquistado vêm com um infindável se perguntar Porquê motivo ? Como ? E tudo isso sem estar com os pés no chão fixados como raízes pálidas ao som de Mangueira. Desânimo. Profundo desencontro entre desejo , realidade, ambiguidade entre deveria ter acontecido a mais tempo e vontade de sempre viver esse momento. Crise. Caminhar um pouco pela Paulista hoje talvez me faça bem. Mas aí me lembrarei da primeira vez que saímos e tomamos cerveja no Pupy´s e nas outras vezes. Toda vez que passar na Ana Rosa lembrarei dela, do sanduiche na Lanchonete Ypê , da rosa que deveria ter dado e até hoje está esperando na floricultura, de escutar Cartola e Luiz Carlos da Vila e ver abortada as músicas para cantar para ela. Talvez nas férias eu me cure pois agora só posso chorar sem lágrimas. Como uma algo que não poderia ter acontecido e aconteceu e foi tão marcante assim ? Preciso de colo hoje, queria o colo dela, mas vi no seu rosto um certo distanciamento que nem quero lembrar, talvez fosse só a felicidade dela que não pude alcançar por pensar só em mim. Por outro lado vejo alguém que estava no meu lado subir e a se alçar em outro vôo. Já deu para sentir o tamanho da saudade...
Impossível não sentir a falta dela, nesse começo impossível não sofrer, não sentir fechar a garganta, embargar a voz, uma vontade nata de chorar copiosamente e pensar comigo como se dizendo para ela : - Te perdi. Essa sensação de perder algo que não era bem conquistado vêm com um infindável se perguntar Porquê motivo ? Como ? E tudo isso sem estar com os pés no chão fixados como raízes pálidas ao som de Mangueira. Desânimo. Profundo desencontro entre desejo , realidade, ambiguidade entre deveria ter acontecido a mais tempo e vontade de sempre viver esse momento. Crise. Caminhar um pouco pela Paulista hoje talvez me faça bem. Mas aí me lembrarei da primeira vez que saímos e tomamos cerveja no Pupy´s e nas outras vezes. Toda vez que passar na Ana Rosa lembrarei dela, do sanduiche na Lanchonete Ypê , da rosa que deveria ter dado e até hoje está esperando na floricultura, de escutar Cartola e Luiz Carlos da Vila e ver abortada as músicas para cantar para ela. Talvez nas férias eu me cure pois agora só posso chorar sem lágrimas. Como uma algo que não poderia ter acontecido e aconteceu e foi tão marcante assim ? Preciso de colo hoje, queria o colo dela, mas vi no seu rosto um certo distanciamento que nem quero lembrar, talvez fosse só a felicidade dela que não pude alcançar por pensar só em mim. Por outro lado vejo alguém que estava no meu lado subir e a se alçar em outro vôo. Já deu para sentir o tamanho da saudade...
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Estou triste...Juliana será esse o fim ?
Bom eu estou feliz, mas ao mesmo tempo desolado. A Ana pediu demissão, arrumou um trampo melhor e ganhando mais, felicidade para ela e paz, sendo assim acaba-se esse amor na minha vidda. Hoje de manhã no telefone ela me contou isso. Fiquei feliz realmente feliz, porém a tristeza veio depois que ela disse que não poderíamos mais ficar juntos, no que eu concordo também, mas fica uma saudade morta no peito e vem a sensação de que nunca mais nos falaremos, vejo isso bem claro agora. É o fim.
E a vida continua, com ou sem B.O, com ou sem a Ana, com ou sem promoção.

17.3.03

Nem sei o que sinto agora, nem por mim nem por ninguém. Acho que final de semana que vem vou precisar dar um passeio e não trabalhar, mas tá um pouco difícil...

14.3.03

Com tudo isso passando na minha cabeça e comprimindo o meu peito de um jeito oneroso ao coração minha vontade de falar com alguém era muita, tentei falar com a Ana mas ela estava ocupada, ninguém ligava e a única boa notícia foi que meu sobrinho começou a andar. Daqui a pouco já dá pra levar ele pro samba comigo, se a mãe dele deixar. Estou realmente com uma vontade de chorar que eu não ficava a muito tempo, sabe a voz meio rouca e a garganta fechando, uma necessidade de solidão, sem escutar vozes apenas o próprio pensamento me reciminando por esses erros na vida e alguns deles que nem sei se quero consertar, um abraço cairia bem agora, mas nem sei se quero deixar alguém com os ombros molhados de meu choro, ou se alguém se preocupa com esse tipo de coisa, quem eu quero nem deve ter tempo para isso, sempre tem coisa mais importante que eu.
Após extenso período de euforia, começo a sentir os efeitos dos erros da condução da minha vida. Por isso hoje finalmente encaro alguns motivos que me levam a depressão :
- Inconformidade com o mundo
- Incapacidade de mudança de comportamento
- Falta de projeto ambicioso de médio e longo prazo
- Inconformidade com as idéias e frequentadores das universidades
- Preguiça
- Prazer de viver fazendo o que realmente gosta
- Falta de atenção para consigo mesmo e com as coisas que faz.
- O fantasma do B.O
- Ficar muito tempo longe de casa.
- Relação com a minha mãe o que me faz não ficar muito tempo em casa.
- Vontade de não mudar de tipo de vida.
Tudo isso foi pensado em 5 minutos enquanto seguia pro metrô a pé com medo de chegar atrasado. Acho que esmiuçar ( será assim que se escreve ? ) esse motivos não seria muito oportuno porém já é um caminho para uma análise de meu comportamento nesse fim de semana e pensar nessa minha variação de comportamento, alteração de humor desses últimos três dias.

12.3.03

Essas foram algumas poesias, agora as outras de conteúdo menos lírico ...



Um rosto no meio da multidão I

Passei umas noites em claro
lembrando alguns lugares
a rodoviária no natal
o Brás no seu desencontro de embarque e desembarque de gente
na Sé, Centro o povo se enfileirando
num resvalar sem fim, fora o trêm a que o gozo na mulher ninguém pertence.
Sexual, pervertido, pecado com gente lado a lado se preocupação com mais nada.
Rasguei papéis em branco lembrando que pertenço a esses vulgares
que vou a rodoviária no natal-ano novo
Brás, Sé, Centro, me perco também em setas incertas
mescladas, mal informadas, dispersas
para ver no final da picada vários sonhos jogados
um igual ao outro, lado a lado crivados
de felicidade e trabalho para si sem maldade.
Passo agora as noites me embriagando
a desilusão é o passo seguinte
ao perceber que só em partido
não posso mudar o destino das passagens
no Brás, na Sé, no Centro, na Santa Cecília
Tatuapé, Arthur Alvim, Taboão, de qualquer
lar em que se luta pra no fim do mês, da lida
nãe ter nem para desncansar em paz e para tanto
só se for passagem daqui para um mundo melhor.

Tiago Carneiro 11/03/2003



Um rosto na multidão II

Esses rostos que vejo, que afloram da multidão
eles tem vida, passado, produzem cultura e história
rimam oração, fé, paixão e razão.
Umas rimam mais e outras menos
todas porém com sonhos manifestos
para uns que lhes pagam e fazem festa com as mãos alheias.
Olhares felizes, tristes, de carteiros andarilhos
sentidos de cansaço.Qual será o devaneio ?
Em agosto ou setembro ele acontece ?
Antecede outro pensamento meu ato de extrapolar
explorar, fora eu e a mais alguém, mas quem ?
A multidão, uns urbus, umas árvores de poesia romântica
um pós de madame, peixes alucinados, uns com trabalho perdido,
filhos largados na escola na escola inconpetente
para compensar , por menor que seja, a educação caseira não tida.
Olhares preocupados. O vizinho tem um filho na mesma situação
e como o meu pode virar crente ou bandido.
Pra quem confiar o meu filho então ? Seria justo então deixá-lo mais a margem ainda ?
Em qual das margens desse rio um pai ou uma mãe deixaria o seu Moisés ?
Admito essas vozes e me pergunto, afirmo e exclamo
Realizo bem o meu papel ?.! No fim ao ver esses outros rostos me pergunto no íntimo
tua poesia é suficiente ? Credes no amor sem vergonha e ao próximo ?
Me vejo cada vez mais insensível e absorto, sem poder dar um alento de dentro verdadeiro.
O quê me impede e ao mesmo tempo impele a mudar ? Fracasso. É a razão de uma felicidade
que se estabelece em outras pequenas coisas que fazema graça da vida e o lisongeio à morte.
Faço pouco pra mudar o muito e ao muito me mantenho longe, sou semi-morto de perceber rasteiro
mas mudo ao receber certas mudas e fazê-las feliz pelo todo-muito.
Todo dia alguém morre, um homem, uma mulher, um servo, um trabalhador, um servidor, um bandido, um público.
E daí ? E daí que tal qual os rostos é sorriso
é vida, é alma humana, é labirinto, é igual que eu, trabalho e vida sempre se construindo,
são rostos, faces, gente, pessoas, alicerces, personalidaes, coriscos, grávidas, bebês, atletas
bêbados, religiosos, adoradores, imagéticos, realidades.
São face que se bate em minha cara
e custa caro, muito caro, perceber na vontade
de não ter filhos , em nada mais crer, nem na morte.
Creio e se creio é por esporte.


Tiago Carneiro 11/03/2003


A poesia é o sacrifício da vida
mais dolorido pra mim
nela eu vejo minhas incompreensões
defeitos, realidades, afetos, alentos
paz ilusória, luz transitória e as salas escuras e mórbidas.
A relaidade da minha perdição
é o mais custoso da lida
aqui pago o pecado por cada paixão perdida
E eu preciso amar, não como amo, solto
errado por corrente invisível a espetar o pescoço
tendo correta respiração mas absorto.
A causa da poesia é a vida
e ela é o gosto e magia.


Tiago Carneiro 11/03/2003


Será que ele tinha razão

Tristeza rolou dos meus olhos
não dei bola pra ela
Não adveio de mim pra quê isso então ?
Se algo me comprime o peito
eu sei a foz, o leito.
Buscoa felicidade ali
se não encontro me deixo ficar longínquo
é o que custa cada apreço, afeto bandido.
Saudade do realejo
pra rimar, realizar o desejo.
Mas já sei a história e tudo o quê sinto ficará
no fim da vida escondido.
Ela conhece minh´alma
e quando quer me visita
nessas horas não tenho partida.
Foi mais que saudades.
É amor ainda.

Tiago Carneiro 11/03/2003


Essas foram as poesia de ontem... deu mais trabalho digitar do que fazer... comentários tiagoviegas@ig.com.br quem ficar com preguiça pode me telefonar...
Eu tive mais um dia de produção de vaca. Qualidade apenas em algumas contudo emoção em todas.

Recomeçar e viver
me sentir estranho
iniciar uum reviver
Passam os dias
as datas entre as calhas do telhado
aflorado em minha perdida cabeça
Reiniciar um caminho
vagar por esta estrada
no fim da linha
a mente parca vazia.

Via nova. Viva mais uma vez a vida.


Tiago Carneiro 09/03/2003


Criar ato nato
em pios anos de estudo
a bunda em cadeiras
os olhos nas partituras
pra saber que no final
da noite vem aplauso das alturas
e fica a lembrança da voz da vó
Se é verdade, se é do teu coração
corre na frente da tua vida
e realiza teu destino pela mão.
Bem sei que ouvido curas
com essas notas
de um piano apurado
de bermuda.

Tiago Carneiro 11/03/2003
P/ KANEKO


Um quadro na parede uma poesia
Uma ponte em arco tua música
da roça a primeira aula de piano
nota por nota compondo com astúcia
em aguardo do momento de se falar preciso
Em pontes aéreas tocando com argúcia
Da Bélgica à Roma, ao hotel
as partituras na cabeça e a tua composição
com mais sorte que Camões ainda em papel se salvam sempre.
Um pai realizado e olhar pros sons com paixão.
A vida de deve ainda muita inspiração
pra se tornar ela mais bela ano após ano
em acordes não menos belos em teu piano.


Tiago Carneiro 11/03/2003
P/ Kaneko




Por sorte te conheci
dias depois pensei : - Te perdi.
Te beijei
Tu fostes embora
Não a encontrei
Sorrir ?
Amor iô-iô, subir descer ficar na tua mão
pela carne, carinho, amor.
Te magoei
Tú me renegastes na hora.
Chorei. De novo.
Sorrir ?
Sim, sorrir e te acompanhar.


Tiago Carneiro 11/03/2003
P/ Ana Paula

11.3.03

Poesia para quem precisa viver. Poesia para quem precisa de uma forma ou outra ver, mas não fugir, nem se consolar, apenas constatar tem outras pessoas que sentem como eu também. Esse é o problema principal de crescer num lugar hostil igual ao Brasil, digo hostil pelas condições de vida , mercado de trabalho, educação e anos de liberalização, que nada frutificaram a não ser dor e graves consequências no médio e longo prazo.
Num dia qualquer quero acordar
e não ver a pressão do mundo
me esfolando os miolos
rebentado as veias confundindo
as artérias do coração.
Nessas horas o sangue venoso
sobe-me ao cérebro e a capacidade de raciocínio
sobre a minha própria pessoa desvirtua mais ainda meu olhar sobre o mundo.
Deixo de ser agente e passo a objeto de perspectivas não minhas mas outras
Nessas horas queria ser predicado, artigo, sangue bom.
Mas a precisão arterial é tamanha que tudo é apenas um corpo com obrigações.


Tiago Carneiro 11/03/2003
Não consigo para de escrever no blog e nem em casa. Tô bem hoje. Permaneceu a sensação boa do fim de semana até agora. A única coisa que tirou um pouco do meu bom foi o fato de não poder ajudar a Ana concretamente agora, mas não sou Deus e tento fazer as coisas dentro das minhas possibilidades, bem que eu queria ter o poder de entrar na mente das pessoas e saber o que se passa, mas não tenho não sou Deus. Eu acho que existem homens capazes de compreender essa parte da alma feminina quando penso nisso logo me chega a sensação de incapacidade. Bom se não a tenho como desenvolvê-la ? Esta sensação de incapacidade me deixa imobilizado contudo tento fugir disso e fazer algo diferente, ter consciência do processo já me dá uma outra percepção e vislumbro um outro comportamento vindo. Não sei se é ilusão, mas ainda fico feliz, leve, como muito tempo não me sentia. Algo como uma respiração correta na subida da montanha.

10.3.03

Agradecer ao Bisdré por me apresentar ao samba. Acho que já fiz isso uma vez , né ? Mas esse taç de Luiz Carlos da Vila é muito bom!!!!! Olha só essa letra!!!

Além da razão
( Sombra/ Sombrinha/ Luiz Carlos da Vila)

Por te amar eu pintei
um azul do céu se admirar
Até o mar adocei
e das pedras leite eu fiz brotar
De um vulgar fiz um rei
e do nada, império para te dar
E a cantar eu direi
o que eu acho então o que é amar
É uma ponte´
lá para o longe dos horizontes
jardim sem espinho
pinho que vai bem
em qualquer canção
roupa de vestir qualquer estação
É uma dança
paz de criança
que só se alcança se houver carinho
É estar além da simples razão
basta não mentir pro seu coração.

Deu para sentir como foi o fim de semana, regado a trabalho, cerveja, bastante paciência, senso de humor, espetinhos de carne e uma sexta-feira com Ana Paula e Cartola... Ainda não sei bem explicar o meu fim de semana. Comprei um cachorrinho para dar pra Ana, não um de verdade mas um dos bonecos que o Armando faz espero que ela goste.

7.3.03

Para me entender melhor ontem comecei a escrever algo sobre o meu pai referência de homem e do papel do homem no relacionamento de casais, no caso ele e minha mãe e ele e minha madrasta apesar de que o último acompanho a distância e vejo o resultado na minha irmã menor.
De início pensei em fazer como um conto, usando a linguagem mais rasteira, rápida, porém algoi lírico imperava no ar e me deixei levar por aquele momento. Colocarei o resultado aqui... espero que gostem. Caso queiram entrar em contato comigo p e-mail é tiagoviegas@ig.com.br...


UM PAI (construção psicológica do eu)

Semrpe me incomodou em meu pai
a eterna figura do macho provedor
daqueles que fazem tudo sem reclamar e se reclama é imperceptível.
Era numa época na qual ninguém sabia
o que viria depois da luta do dia anterior. Dia após dia. Luta.Labuta.
Me acostumei assim. Provido. me fiz assim também. Provedor.
Mas a quem meu pai provera tudo aquilo ?
Aonde fora destinado seu trabalho, suor,d oce, o construir da própria escada
para que subíssemos e não esquecê-lo ?
Ou seu desejo seria morrer incógnito porém pairando em nossos corações ?
Não, nunca saberia dizer ao certo o que se passa naquele mente-coração.
Sei apenas que levei essa forma para mim. Provedor. Doador.
Poucas vezes vi o melhor em sua mão. Isso só acontecia quando lhe era possível partilhar.
Partilha, família, algo constituído por vontade e desejo próprio, íntimo, feito com minha mãe.
Cria-se um novo signo então. Feito. Fetos. Fatos. Família.
Irmãos. Primos distantes. Sobrinhos. Pra eles netos.
Outra coisa que me incomodava no meu pai
era a ânsia de algo maior que nunca será alcançado
seja pelo risco, seja pela labuta, morrerá fátuo desejo.
Algo maior, fora erro de interpretação desse mundo, é morrer
humilde sabendo da própria posse, é ter somente a alma digna
modifcada apenas pelo virtuoso.
Não nesse dia dormi mais cedo, cético, por saber que o procurado
enfim estava em mim e eu perdi, deixei pra trás.
Busquei um pai errante na madrugada. Ele não existe.
Não procurei um lugar distante erro da vida largada. Mas ele insiste.
Não desiste por saber que procuro lembranças rígidas
algo que me fez descobrir o entorpecente, doce , vulgar
sem um raiar de dias consistentes, intermináveis, com sensações
de de-ja-vú profundos, desgarrados d apresente realidade.
Se "occasio facit furem"* de quem eu roubei essa minha vida ?

ditado latino - a ocasião faz o ladrão
Tiago Carneiro
06/03/2003
p/Tiago Carneiro


Somente poesias sem explicações! Cansei de escrever sobre a minha vida não faço prosa faço uma mistura maluca da minha vida com o papel e a caneta. Que explicação idiota...

Depois de traços perdidos
me acostumei ao traço reto
que é ter você em momentso
únicos, lúdicos. Infância
do beijo que eu, eu!, nunca tive
Então guarda a rosa que nunca
te dei e quenos meus sonhos
sempre há de vir.

Tiago Carneiro
06/03/2003 p/ana paula



Você me deixa
Me domina.
Me afronta em ações com oque conhece direito
e sabe bater somente em uma razão.
Concordo. Abro o peito, o corpo , o rosto
a fútil calma : - Ela muda a cada três semanas mesmo !
Você me deixa são, sóbrio, sanado
sórdido, sólido, petrificado, putrificado
renascido, vívido, com olhar de criança de novo
a mãe enxugando a criança, lavando, pendurandfo
a alma no varal, a paixão de molho
e volta sempre crescendo, criando
penso na imagem dele te buscando
na porta do trabalho com o carro na porta
os cabelos pretos,a barba entre fazer e crescer.
Homem sistema. Por ele você me quer mas não fica.
Será que estamos por poesia minhas e palavras mal ou bem ditas ?
Nada sei ao certo, mas me fustigas por dentro
e na cama por horas e fora dela me delicias
já longe tua mão vem ao meu peito com calma
e acaricia o coração por dentro por horas
Contigo é vem, sempre em novo tempo
vem, vem que teu nome é Aurorade um novo dia
mesmo que se nos perdemos em outras noites.


Tiago Carneiro
06/03/2003
Para Ana Paula

6.3.03

Situação complicada a da minha vida. manter um diário na net não é algo fácil quando as pessoas que você gosta podem olhar e se magoar... prefiro abandonar a idéia....

5.3.03

Amanhã eu contarei as travessuaras do carnaval...