18.3.03

Impossível não sentir a falta dela, nesse começo impossível não sofrer, não sentir fechar a garganta, embargar a voz, uma vontade nata de chorar copiosamente e pensar comigo como se dizendo para ela : - Te perdi. Essa sensação de perder algo que não era bem conquistado vêm com um infindável se perguntar Porquê motivo ? Como ? E tudo isso sem estar com os pés no chão fixados como raízes pálidas ao som de Mangueira. Desânimo. Profundo desencontro entre desejo , realidade, ambiguidade entre deveria ter acontecido a mais tempo e vontade de sempre viver esse momento. Crise. Caminhar um pouco pela Paulista hoje talvez me faça bem. Mas aí me lembrarei da primeira vez que saímos e tomamos cerveja no Pupy´s e nas outras vezes. Toda vez que passar na Ana Rosa lembrarei dela, do sanduiche na Lanchonete Ypê , da rosa que deveria ter dado e até hoje está esperando na floricultura, de escutar Cartola e Luiz Carlos da Vila e ver abortada as músicas para cantar para ela. Talvez nas férias eu me cure pois agora só posso chorar sem lágrimas. Como uma algo que não poderia ter acontecido e aconteceu e foi tão marcante assim ? Preciso de colo hoje, queria o colo dela, mas vi no seu rosto um certo distanciamento que nem quero lembrar, talvez fosse só a felicidade dela que não pude alcançar por pensar só em mim. Por outro lado vejo alguém que estava no meu lado subir e a se alçar em outro vôo. Já deu para sentir o tamanho da saudade...

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