26.9.03

Como num telefonema só a gente se desvela pro outro.
Manco, maluco, perneta, capengando em sentimentos de faltas e palavras.
Não sinto mais dor só sinto estranheza dessa matéria que me envela e envolve.
Todo o meu corpo desforme, me deformo na presença de um eu mesmo
eterno morrer e nascermorrer diferente inacabada obra só vale se eu vale profundo
rascunho tudo, procuro o que sinto talvez seja só solidão sedada.
Quanto mais eu silencio mais as pessoas se apresentam a mim, mas quando eu falo...
Pensamentos de que não ama, nem se apaixona só faz crer que é.

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